CORREIO DO BRASIL: Pesquisa mostra que dispara rejeição popular à presidenta Dilma


7/2/2015 20:10
Por Redação - de São Paulo

Os números mostram uma inversão no prestígio da presidenta Dilma
Os números mostram uma inversão no prestígio da presidenta Dilma
Os últimos três meses, passados após as últimas eleições no país, ofereceram uma lição à presidenta Dilma Rousseff, ao colocá-la no ranking de uma das piores rejeições desde o governo falido do tucano Fernando Henrique Cardoso. Segundo o Instituto Datafolha, Dilma recebeu 44% de ruim/péssimo, a mais baixa avaliação de um presidente da República desde FHC, em dezembro de 1999, quando atingiu 46%.
Trata-se da mais rápida e profunda deterioração política de um governo desde a queda do presidente Fernando Collor de Mello. A pesquisa, promovida por um dos jornais mais críticos à presidenta, mostra que a queda abrupta de popularidade se concentra no pico do movimento de junho de 2013, embora não haja manifestações de rua.

Segundo o grupo de comunicação que produziu a pesquisa, “a conjuntura sombria resulta da confluência do escândalo da Petrobras com a acentuada piora das expectativas sobre a economia”. O argumento tem recheado os ataques diários à presidenta e ao seu partido, o PT, que completou 35 anos em meio à sua pior crise desde a fundação.
“O pessimismo dos entrevistados se agrava pelo contraste entre a realidade e a imagem rósea pintada nas campanhas eleitorais do ano passado e pela possibilidade cada vez mais concreta de faltar água e energia. A presidente da República recebe o pior golpe, com uma inversão total nas opiniões sobre seu governo”, diz o jornal.
Em dezembro passado, segundo o Datafolha, Dilma tinha 42% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo. Agora, marca respectivamente 23% e 44%, em uma clara inversão de valores.
Perda de prestígio
Ainda de acordo com o Datafolha, Dilma obteve a primeira nota vermelha (4,8) após quatro anos no governo e uma campanha vitoriosa pela reeleição, mas sem uma política eficaz de comunicação, o que a levou a perder terreno, rapidamente, após o fechamento das urnas e o resultado apertado de sua vitória sobre a oposição neoliberal. A perda de prestígio da presidenta ocorre até nas faixas de renda em que encontra mais eleitores.
Segundo a pesquisa, metade dos que ganham até dois salários mínimos consideravam seu governo ótimo ou bom em dezembro, e agora são 27% -23 pontos de queda em dois meses.
Seis de cada dez entrevistados acreditam que Dilma mentiu na campanha eleitoral. Para 46%, falou mais mentiras que verdades (25% em meio a petistas). Para 14%, foi tudo mentira. Se na época do segundo turno só 6% achavam que a situação econômica do próprio entrevistado iria piorar, hoje são 26%. Como 38% acreditam que ficarão na mesma, conclui-se que o desalento contagia 2/3 da população. O movimento ocorre no momento em que o tarifaço, o aumento do desemprego e dos juros e a recessão ainda não se materializaram completamente.
Em uma reação, ainda que tardia, na noite passada, a presidenta Dilma convocou a militância de seu partido, o PT, a combater a desinformação sobre as ações do governo federal, em especial nos próximos quatro anos de seu segundo mandato.
– Nós devemos enfrentar o desconhecimento e a desinformação sem tréguas. A luta deve continuar – declarou durante o evento que contou com as presenças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PT, Rui Falcão, o ex-presidente José Mujica (Uruguai),governadores, ministros, parlamentares e militantes de todo o País.
Para a presidenta, é preciso reagir aos boatos e travar a batalha da comunicação, mas o núcleo de Comunicação Social do Palácio do Planalto não alterou, até agora, a política de publicidade que privilegia o cartél midiático que domina o setor, no país.
– Não podemos permitir que a falsa versão se firme. Nós temos que levar a nossa versão à opinião pública e dar exemplos – afirmou, sem entrar em detalhes de como isso deverá ocorrer.
Apelando ao sentimento partidário, a presidenta pediu à militância que desminta quando for dito que o governo vai acabar com as conquistas históricas dos trabalhadores, “digam que não é verdade! Nós temos políticas de valorização do salario mínimo”.

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